Roses - Tribus: damnare imprinting

Roses (@Srta_Park)
Tribus: Damnare Imprinting


Jeongguk estava atordoado. O cômodo estava quieto, estranhamente calmo. Ouvia-se apenas o som das respirações descompassadas dos dois únicos presentes no cômodo: ele próprio e o príncipe.
— Perdão, mas… O que disse?
Silêncio.
Após o Park pronunciar aquelas duas palavras desconhecidas por si, notou com estranheza, os olhos dele assumirem um brilho azul incomum, fraco porém perceptível, e sua pele ficar mais pálida do que já era. Ele não disse uma palavra mais, parecia quase que hipnotizado.
Sobre as vestes escuras e fechadas, ainda pôde notar como o peito dele subia e descia junto de sua respiração; não parecia estar muito bem, supôs, devido ao fato de que esta aumentava respectivamente a cada expiração que sua caixa torácica fazia. Mas, além disso, o que mais intrigou-lhe fora notar que tremia, o ômega. Era um tremor sutil, mas ainda perceptível para alguém com os seus genes.
A troca de olhares era intensa, Jimin não parecia dar sinal de que iria quebrá-la tão cedo e, mesmo que indo contra seus instintos que lhe faziam querer manter o olhar, desviou-os para qualquer lugar que não fosse o dele. No entanto, acabou por sobrepôr sua vista inconscientemente nas pequenas e delicadas mãos pálidas, cujas quais estavam semi cobertas pelo babado característico das mangas de seu sobretudo azul-escuro e então, notou, por fim, os resquícios do líquido vermelho escorrendo por entre os dígitos e pingando no chão.
Arregalou seus olhos, a garganta secando em poucos insantes, ao passo que o desespero lhe tomou. Não foi racional quando seu corpo moveu-se involuntariamente em direção ao mais baixo, que não recuou. Impensavelmente, segurou-lhe a mão, notando-a fria; muito fria. Seus próprios dedos formigaram, ardendo superficialmente pelo contato gélido, o que não lhe importou.
Seus olhos estavam focados na mão pequena envolvida pela sua, mas podia sentir perfeitamente o olhar do outro sobre seu rosto; o local queimava, mas não de uma forma ruim. Estranhamente, percebeu a forma com a qual a respiração alheia acalmou-se subitamente após sua aproximação e isso lhe fez tomar ciência do quão próximos estavam; poucos centímetros era o que faltava para que estivessem colados. Não deu a mínima para isso, assim como não o fez com o fato de que estava nu, e isso estranhamente não lhe parecia incômodo ou vergonhoso.
— Está sangrando. — Pontuou, a voz tão baixa que o outro somente ouvira-lhe devido a proximidade palpável.
— Está. — Jimin soprou a palavra. O hálito frio tocou-lhe a bochecha quente e Jungkook ergueu a vista, fitando-no.
Uma corrente pareceu percorrer ambos os corpos com o contato visual que mantiveram por incontáveis instantes. Pelo tempo em que passaram se olhando, Jeon percorreu suas orbes pelo rosto alheio; a pele pálida, o nariz pequeno, a boca vermelha e carnuda, que estava entreaberta e com a aparência molhada. Outra vez, sentiu uma vontade absurda que parecia vir de ainda mais profundo que sua alma de juntar seus lábios com os semelhantes; a idéia lhe perturbou por um momento, o mesmo no qual seu lobo enchia-lhe a cabeça, incentivando-o à o fazer. O príncipe permanecia encarando seus olhos, sem mover um só músculo.
Lentamente, o camponês subiu sua vista até focá-la nos olhos do menor; estes que estavam mais dilatados e possuíam um brilho que não conseguia identificar o significado, mas que com certeza não era de repulsa ou rejeição. Inclinou um pouco seu rosto na direção dele, devagar e calmamente. Pouco a pouco, estavam mais próximos, as respirações se mesclando, as temperaturas tentadoramente desarmoniosas, a adrenalina fazendo os corações acelerarem. Um pouco, faltava tão pouco. Quase podia sentir o gosto dos lábios dele e então, foram interrompidos.
— Jimin! — A porta fora aberta rapidamente, mas felizmente, conseguiram se afastar a tempo, antes que um Taehyung afoito adentrasse o local. — Que fazes aqui? Disseste-me para esperar-lhe em teus aposentos reais, e estava plantado lá até agora. Não me diga que viesses espiar o jovem Jungkook em seu banho, uh?
Jimin piscou algumas vezes, desnorteado  enquanto observava o alfa afastar-se, tomar de qualquer jeito um robe de seda que havia ali perto e vestí-lo rapidamente. Estava totalmente cômodo em mostrar mais do que o devido de sua pele ao príncipe, porém, o ato tornou-se extremamente vergonhoso a partir do momento em que outrem adentrou ali. Esquisito, concluiu.
Ao não receber um resposta, o Kim tratou de oscilar a vista entre os outros dois presentes e armou seu melhor sorriso sugestivo, prestes a fazer algum de seus comentários sem escrúpulos, contudo, notou a pequena poça de sangue ao chão e arregalou os olhos quando percebeu que este provinha de seu príncipe.
— Alteza! — Esbravejou, correndo até o mais velho e estendendo as mão, ao fazer menção de tocar as alheias, porém retesou no último minuto, se limitando a parar na frente dele é o olhá-lo em desespero. — O que houve? Está tudo bem? Onde está machucado? Meu senhor, por favor, diga-me algo! Eu vou chamar o Seokjin, não morra, por favor!
Devido a aflição do garoto, o ômega arregalou suas orbes e olhou para o próprio braço, constatando que havia sangue em toda a palma e por entre os dígitos.
— Taehyung! Aí, meu Deus. — Gritou, ainda mais afoito que o maior. Jeongguk estranhou a reação pois, se não havia endoidecido, havia dito o mesmo que o beta anteriormente e o Park confirmara sua afirmação. — Sangue, sangue! Eu vou morrer! Socorro, Tae!
— Você não vai morrer. — o único calmo dos três ditou, recebendo a atenção dos outros dois exagerados.
Caminhou até eles e fez menção de segurar-lhe a mão para avaliar melhor o corte, entretanto, franziu o cenho quando o príncipe recusou seu toque recolhendo a própria mão enquanto olhavá-lhe como se fosse o pior dos pecadores. Estava prestes a questionar o ato, porém o cavalheiro de companhia tratou de se pronunciar, se colcando entre si e Jimin.
— Como ousa a plebe tentar tocar na diretamente na realeza? — Gritou-lhe, indignado. — Mas que blasfêmia! Eu deveria arrancar-lhe a cabeça por tamanha ousadia.
— O quê? — o alfa ergueu as sobrancelhas. Oras, mas ele próprio não permitiu-lhe que o tocasse? Mas o que diabos, perdão pela palavra, estava acontecendo, afinal? — Mas à pouco, ele… — Jimin lhe lançou um olhar confuso e o moreno suspirou. — Esquece. Perdoe-me a audácia​, alteza. Eu apenas queria avaliar o estado de seu ferimento, perdoe-me.
— Deixarei passar desta vez. — o mais velho disse-lhe com formalidade. — Enfim, continue o que dizia.
— Apenas queria dizer que não necessita preocupar-se. —  Tranquilizou-o — Não irá  acontecer nada grave, provavelmente feriu-se devido a porcelana que deixou cair antes.
— Deixei cair? Do que… — Seu cenho franzido esticou-se antes de sua frase ser completada, os olhinhos pequenos se abrindo e estes focaram no moreno, antes que se virasse na direção do loiro. — Chame-me o Namjoon e diga que estarei na biblioteca, agora. — Sua voz saiu rápida, enquanto ia na direção da saída, segurando suas vestes para que não arrastassem no chão.
— Mas, porquê, alteza? Tens de ir ao seus aposentos, para que Seokjin possa cuidar de sua enfermidade, senhor.
— Agora, Taehyung! — E atravessou a porta, sumindo de suas vistas. Mesmo confuso, o Kim se dirigiu ao prisioneiro.
— Ao vir para cá, vi que uma das damas da corte havia deixado sua vestimenta sobre a cama. Traje-se e sequer ouse tentar fugir, há guardas ao redor de todo o castelo. — Alertou-lhe, seguindo pelo caminho que Jimin acabara de fazer, virando-se para si com um sorrisinho no rosto. — Até mais, Jeongguk-ssi.
E bateu a porta, deixando-lhe sozinho novamente. Bagunçou seus cabelos, tendo ciência de que continuaria sem entender nada por um bom tempo, quiçá eternamente. Sua mente borbulhava ainda mais dúvidas que antes, mas dessa vez decidiu ignorar. Seguiu em direção aos cacos no chão e apanhou-os um por um, descobrindo que o conteúdo da tijela eram algumas ervas aromáticas e relaxantes para o banho. Pegou-as e olhou para a banheira atrás de si, suspirando enquanto sorria pequeno ao perceber de que a água já havia esfriado novamente.
•    •    •
Depois de banhar-se consideravelmente rápido, Jeongguk seguiu até ao aposento que estava — temporariamente, esperava. Apanhou as roupas que, como o mais velho ditou-lhe anteriormente, estavam justapostas sobre a cama. Vestiu a calça preta, que estava naturalmente colada devido ao fato de suas coxas serem mais cheias que o comum, a camisa branca de tecido notavelmente fino, com mangas longas e um babado sutil na parte do colo, colocou as botas e por fim, passou o sobretudo negro enorme pelos seus braços, deixando-o aberto na parte da frente.
Sentia-se estranho por estar trajando vestes que não eram suas, ainda mais por estas possuírem tecidos caríssimos dos quais sequer ousaria sonhar em ter. Mas procurou ignorar tal sensação e sentou-se sobre os lençóis macios e claros.
Tudo estava quieto, e Jungkook, geralmente, amava a calmaria. No entanto, porquê estava tão incomodado com isso? Porquê algo em si estava desejando que algo viesse para quebrar aquele silêncio que só não era total devido á sua respiração? O que era aquela angústia que vinha em seu peito?
No cômodo um tanto quanto distante dali, tudo estava agitado; O princípe andava de um lado para o outro rapidamente, revirando suas estantes e gavetas a procura de sei-lá-o-quê. Estava aflito e apressado; os outros três no recinto já se encontravam agoniados por tamanha euforia.
— Alteza, que tanto procuras? — o médico responsável por aquele membro da família real, Seokjin, questionara-lhe. — Por favor, sente-se em sua cama e deixe-me analisar tua enfermidade. Não é prudente que se descuide assim.
— O Jin tem razão, Jimin. — Namjoon concordou. — Pela lua, o que deixou-te desta maneira?
O garoto não lhe deu ouvidos, sequer pareceu escutá-lo. As botas de salto ecoavam devido às passadas rápidas do platinado, os olhos percorriam todo o cômodo já revirado. Ao ver que não receberia respostas, o conselheiro suspirou, se dirigindo à seu irmão mais novo.
— O que aconteceu, Taehyung? — Franziu o cenho. — Porque ele está agindo assim?
— Não faço a mínima ideia, irmão. — Foi sincero, abrindo mais os olhos em seguida. — Será que endoideceu? Aí! — Recebeu um tapa na nuca e virou-se emburrado para o médico, que o batera. — Hyung
— Costure sua boca antes de eu o faça, garoto. — Avisou, apontando-lhe a agulha que tinha em mãos. — Tenha mais respeito e decoro. Ele pode ser nosso amigo, mas ainda assim é um príncipe e seu futuro rei.
Taehyung pôs um bico nos lábios, cruzando os braços. Namjoon sorria discreto enquanto mantinha os olhos em seu companheiro, que pegar alguns itens para o ferimento de sua alteza, que negava-se a receber tratamento.
— Jimin, venha logo. Depois você procura seja lá-
— Encontrei! — Gritou, com um sorriso enorme no rosto e um livro empoeirado em mãos. Os outros se entreolharam, confusos, mas como os bons curiosos que eram, trataram de se aproximar; ficando às margens do pequeno andar onde estava localizado a cama do príncipe.
— O que é isso, Jimin? — o mais novo dos presentes questionou, esticando o pescoço para ver melhor. — Alguma espécie de livro de macumba? — Outra vez, levou um tapa na cabeça para que ficasse quieto.
O Park nada disse, apenas desviou os olhos para o exemplar que tinha em mãos e tratou de passar as folhas amareladas pelo tempo de existência. Quando chegou aonde desejava, foi possível ver os seus pequenos olhos se movendo, enquanto sua expressão estava séria. Ele ergueu a vista, fitando os dois betas.
— Poderiam se retirar, por favor?
— O quê? Porquê? — O loiro questionou, indignado. Seokjin também lançou um olhar indagativo ao seu senhor, mas ao vê-lo piscar as orbes lentamente como um pedido mudo, tratou de recolher seus pertences e se curvar, arrastando um Taehyung emburrado e resmungão.
Quando sozinhos, o de porte grande deu um passo a frente e puxou o ar pela boca, abrindo-a, demonstrando que iria falar. Entretanto, antes que a primeira sílaba saísse de sua boca, a mão do membro da realeza ergueu-se em sinal para que ficasse calado; e assim o fez.
Kim prendeu sua respiração enquanto prestava atenção em cada um dos detalhes da expressão que o ômega mantinha ao folhear o livro, surpreendendo-se quando viram os olhos dele marejarem e um sorriso carregado de felicidade nascer em seus lábios, quando ergueu a cabeça na direção do esverdeado.
— Namjoon… Nammie… — Murmurou, o peito subindo e descendo de acordo com sua respiração desregulada.
— Sim? — Respondeu, a fala saindo lenta tendo em vista acalmar o mais novo.
 O fio de esperança… Acho que posso tê-lo agora.
•    •    •
Jeongguk encarava o teto do quarto, sem realmente prestar atenção nele. Na realidade, havia se deitado na intenção de dormir ao menos um pouco, já que sua cabeça latejava e seus olhos imploravam por descanso; estava assim devido ao seu desmaio súbito na noite anterior, julgou. No entanto, não conseguiu adormecer nem só por um segundo, seu cérebro borbulhava e seu lobo estava agitado, como se exigisse a presença de alguém; louco, estava ficando louco, supôs.
Desistindo de tentar, retirou devagar o tecido se seda que cobria seu corpo, e sentou-se no móvel macio, os pés tocando no chão frio em seguida. Arrepiou-se e um formigamento se fez presente na sola de seu pé devido á temperatura, já estava acostumado, sua pele era muito sensível ao frio, sabia. Tomou as botas de couro resistente em mãos e calçou-as, vestindo o sobretudo em seguida e se colocando de pé logo após.
Virou-se e tratou de arrumar o pouco que bagunçou, espalmando suas mãos pôr sobre o lençol, esticando-o de modo que ficasse perfeitamente alinhado no colchão e então, seguiu em direção às grandes portas de madeira escura. Sabia que não estariam trancadas, pois à algum tempo, uma criada veio servir-lhe a pré-ceia e deu o recado que o cavalheiro de companhia do príncipe esqueceu outrora; não estava impedido de sair do cômodo, tinha o passe livre para andar pelas dependências do castelo em que lhe eram permitidas — ou seja, todas, exceto a ala exclusiva do príncipe — e pelo jardim. Apenas não poderia sequer sonhar em fugir, pois tudo estava muito bem cercado.
Ao fim, decidiu ir pegar um pouco de ar, já que não podia sair dali. Abriu as portas com facilidade devido às sua força potente, embora não depositasse sequer um quarto dela ali, e a atravessou, estando assim, em um longo corredor que possuía apenas algumas poucas portas.
Continuou sua caminhada, sendo sempre ignorado pelas criadas que passavam por si. Não que elas estivessem o desprezando, parecia mais que estavam tão apressadas que sequer notaram-no ali; o trabalho no castelo deveria ser agitado, afinal. Jimin aparentava ser alguém bem exigente, apesar de seu jeito meio infantil.
Chegou às escadas enormes e se pôs a descê-las, degrau por degrau, mesmo que estes parecessem não chegar ao fim nunca, o alfa nem de longe era alguém preguiçoso, e tinha pique para muito mais que aquilo. Alguns minutos mais tarde, chegou, finalmente, ao saguão, notando o quão gigante e luxuoso era; ainda que aquele fosse somente o castelo de exílio.
As paredes eram escuras e negras, toda a decoração feita em estilo gótico, com móveis banhados em prata e perfeitamente alinhados; haviam pinturas de rosto nas paredes, justapostas e em sequência. Jungkook supôs que os rostos pertenciam aos reis antecessores. Se sentiu intrigado ao notar que uma delas estava completamente escura, como se alguém houvesse a apagado. Aproximou-se, curioso, à passos lentos e sem pressa; o coração batendo um pouco mais rápido cada vez que estava mais próximo do objeto. Ergueu a mão direita, seus dedos longos tocando a moldura superficialmente, ouvindo um balbuciar melódico soar bem baixinha em seu ouvido. Porém, assustou-se e saiu do torpor ao ouvir um rugido forte.
Correu em direção às portas principais do castelo, empurrando-as com força, escancarando-as e saindo do edifício antigo; o coração batia acelerado no peito e uma rajada de ar gélido tocou-lhe a face, como se a rasgasse sua pele. Ardeu, mas não se importou; seus olhos buscavam todos os lados até que focaram em um determinado lugar. Tigres.
— Jimin! — Gritou, ao vê-lo em frente à um dos animais enormes. O garoto virou o rosto para si, de olhos arregalados.
Jungkook paralisou quando seu cérebro projetou à si uma breve visão em pensamento, do que poderia acontecer caso não fosse suficiente, caso falhasse ao tentar salvá-lo daquela fera. No entanto, suas pernas pareceram ganhar vida própria quando ouviu a voz dele dizer seu nome, e tratou de se apressar para chegar ali, encarando o tigre. Correu, até, por impulso, empurrar o príncipe, que caiu no chão, pouco antes que roubasse sua espada e estendesse-a na direção do animal, que rugiu ameaçado.
— Não! — o platinado exaltou-se, levantando com a ajuda de Taehyung.
Jeon tinha o braço esquerdo erguido ao lado do corpo, como se protegesse o menor enquanto mantinha os olhos vidrados no tigre siberiano, que lhe cercava e lhe encarava de volta. Em um movimento rápido, impulsionou a lâmina na direção do bicho, que desviou e rugiu alto em resposta. O príncipe largou-se dos braços de seu amigo e deu dois passos á frente, sendo impedido de se aproximar pelo moreno.
— Para trás. — Ordenou.
Em um outro impulso, conseguiu deixar um corte superficial no braço do oponente, que grunhiu ao passo que algumas gotas de sangue manchassem o piso de gelo. Jimin avançou em si, segurando-lhe o braço.
— Jungkook, não!
— Eu disse: Para trás! — o menor assustou-se pela voz altiva do lúpus, estremecendo involuntariamente.
Porém, pelo susto, sua mão desceu do pulso vestido e tocou a mão máscula que empunhava a espada. Um choque lhes percorreu e, inconscientemente, o alfa virou o rosto à si. Seus olhos encontraram os semelhantes; estavam vermelhos, o mais velho notou. A troca de olhares foi intensa, e pareceu como se estivessem sozinhos ali; no mundo.
"— O fio de esperança… Acho que posso tê-lo agora.
Confusão estava estampado no rosto de Namjoon, enquanto o Park transpirava tanto que parecia prestes a desmaiar.
— Jimin, o que está querendo dizer?"
 Não o mate, Alfa. — Sua voz saíra baixa, quase que sussurrada; era o timbre de seu ômega,  submisso.
— Alteza… — Jungkook chamou-o, atônito. — Seus olhos, eles…
"O platinado riu soprado, os olhos brilhando pelas lágrimas acumudalas.
— O camponês… o Jungkook, ele possuí notam. De um dolorium.
O esverdeado abriu a boca, surpreso demais para dizer algo de imediato."
 Eu sei. — Sussurrou, confirmando. — Consigo enxergar-me nos teus iguais.
Os outros que estavam ali assustaram-se ao ver a aura dos dois lobos tornar-se visível, em um tom entre branco cinza; prata. Os olhos deles tornaram-se de igual cor, reluzindo em um brilho que cegaria qualquer um que ousasse fitar diretamente por muito tempo.
Todos desviaram a vista, sentindo-a queimar. No entanto, qualquer ser de mais mínimo conhecimento tinha ciência do que aquilo significava; a união dos lobos e almas.
Imprinting.
"— Jimin, isso quer dizer que…
O príncipe assentiu, a garganta dolorida pelo choro preso ao passo que as primeiras lágrimas rolaram por suas bochechas e um grande sorriso se abriu em sua face."
 Jeongguk-ah…
 Diga.
“— Significa que, finalmente, achamos aquele que pode salvar a minha vida."
 Creio que tu não conseguirá escapar daqui tão cedo em sua existência.
E em um piscar de olhos, as pupilas voltaram a se tornarem negras e os dois se afastaram. No entanto, sabiam bem que nada mais seria o mesmo.
Ou ao menos o alfa sabia, já que Jimin piscou os olhos várias vezes, parecendo tão confuso quanto o Beta mais novo à alguns poucos metros de distância.
— O que aconteceu​?
Maldito imprinting, e a complicação que ele lhe trás.

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